Após adquirir um sistema de geração de energia solar fotovoltaica ficamos na expectativa de ver a redução da conta de luz no mês subsequente. Como o consumidor passa a fornecer o excesso de energia gerada para a rede de distribuição e a acumular créditos que podem ser usados por 5 anos, a conta de luz sofre algumas modificações e, juntamente com as informações do faturamento, passa a incluir os dados da geração de energia.
Antes de aprofundarmos na conta de luz, vale explicar mais detalhadamente como funciona o sistema fotovoltaico, o sistema de compensação e o faturamento.
Como funciona a energia fotovoltaica conectada à rede elétrica?
Os módulos fotovoltaicos são diodos que convertem os fótons, unidades de energia presentes na radiação solar, em corrente elétrica. Um aparelho chamado inversor converte a corrente gerada pelos módulos de contínua para alternada, possibilitando assim o uso da eletricidade gerada pelos equipamentos que possuímos em casa. Quando a energia gerada é superior à energia consumida, o excedente é injetado na rede elétrica, que funciona como uma bateria armazenando esse excedente. Quando anoitece ou quando consumimos mais do que é gerado pelo sistema fotovoltaico, a energia elétrica flui da rede de distribuição para a sua casa. Para que tanto a quantidade de energia consumida da rede quanto a energia injetada na rede sejam contabilizados, a concessionária local realiza a troca do medidor no padrão de entrada de sua residência por um medidor bidirecional.
O que é o Sistema de Compensação de Energia Elétrica?
O Sistema de Compensação de energia elétrica foi criado pela ANEEL em abril de 2012 através da Resolução Normativa REN nº 482. Assim, o consumidor brasileiro passou a ter a possibilidade de gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis e, inclusive, fornecer o excedente para a rede elétrica local. Com a atualização da REN nº482 para a REN nº 687 em março de 2016, outras modalidades de consumo foram incluídas, são elas:
- Geração compartilhada
- Autoconsumo remoto
- Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras (condomínios)
Nesse artigo abordaremos o faturamento de consumidores conectados em baixa tensão (grupo B) que é o caso da sua residência. Deixaremos para os próximos artigos a explicação de como ocorre o faturamento de consumidores em alta tensão (grupo A) e consumidores enquadrados nas três modalidades citadas.
Como a minha conta de luz será faturada?
A figura abaixo mostra um exemplo de conta de luz faturada para consumidor que tem geração própria de energia em Minas Gerais. O primeiro campo a ser verificado quando sua nova conta chegar é a subclasse (1). Com o sistema fotovoltaico conectado à rede você passa a se enquadrar na subclasse Residencial Geração Distribuída.
Outro importante ponto a ressaltar é que para consumidores conectados em baixa tensão, mesmo que a energia injetada seja maior que o consumo, será devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade (2) e a iluminação pública. No exemplo, como a conexão é bifásica, o valor do custo de disponibilidade é referente ao consumo de 50 kWh. Para consumidores em conexão monofásica e trifásica o custo de disponibilidade será referente a 30 e 100 kWh respectivamente.
No campo informações técnicas você pode notar a presença dos dados da energia gerada pelo seu sistema fotovoltaico no período (3). Nesse caso a quantidade de energia injetada na rede elétrica foi de 528 kWh. Como a energia consumida foi de 239 kWh, esse total foi descontado da energia injetada (4) e o saldo de créditos remanescentes (valor 3 – valor 4) pode ser visto no campo Informações Gerais (5). Assim, nesse exemplo o valor final da conta de luz que o consumidor pagou a concessionária foi a soma do custo de disponibilidade e da contribuição do custeio da iluminação pública, totalizando um valor de R$ 58,12 (6). Com a energia gerada pelo sistema fotovoltaico o consumidor economizou R$192,85 nesse mês. Essa conta de luz é um exemplo real e comprova a alta rentabilidade do investimento em um sistema fotovoltaico que se paga em aproximadamente 5 anos e tem vida útil que pode ultrapassar 25 anos.
Então não perca mais tempo! Peça já seu orçamento grátis e comece a economizar na sua conta de luz o quanto antes!
O´timo artigo sobre tarifação de geração distribuída residencial. Gostaria de saber qual o fator de multiplicação de uma instalação fotovoltaica em imóvel templo religioso com classificação convencional B3 comercial – 127/220 em São Vicente/Sp??? Em residência, o fator de multiplicação é 1. Por que o fator de templo religioso é 40????
Fico no aguardo e grato.