A maior conferência climática que aconteceu em Glasgow entre os dias 31 de Outubro e 12 de novembro, e discutiu os avanços necessários para evitarmos uma série de catástrofes de âmbito mundial.
A COP26 reuniu quase 200 líderes de países para debater e acelerar os objetivos do Acordo de Paris e também da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A conferência contou com uma mudança relevante este ano, a forte presença do setor privado nas reuniões. Com isso, o setor trouxe os pontos de vista e compromissos de grandes empresas com o meio ambiente, não concorrendo com governos, mas sim atuando em parcerias.
As ações objetivadas e tomadas pelos líderes na COP26 são colocadas em seus países de acordo com o proposto para que as mudanças climáticas sejam freadas, visando a interrupção dos comportamentos nocivos da sociedade ao meio ambiente.
É importante lembrar que não somente os governos precisam seguir com ações para mitigar os problemas. A sociedade como um todo precisa estar envolvida, desde grandes empresas, até associações de bairros.
Pensando nisso, desenvolvemos este artigo sobre como as empresas ESG podem contribuir com as questões discutidas na COP26.
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O que é a COP26 e qual sua importância?
De acordo com a definição proposta pelas Organização das Nações Unidas (ONU), a COP26 é a maior e mais importante conferência sobre o clima do planeta. Em 1992, as Nações Unidas organizaram um enorme evento no Rio de Janeiro, a Cúpula da Terra, quando foi adotada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Neste tratado, foi concordado que os países devem “estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera” para prevenir uma interferência perigosa da atividade humana no sistema climático. Atualmente, o acordo tem 197 signatários.
A COP26 possui como importância a finalização do “Regulamento de Paris”, que são as regras necessárias para se implementar o Acordo de Paris, que foi adotado em 2015, onde ficou ajustado que todas as nações do mundo deveriam aumentar os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima das temperaturas da era pré-industrial, e ampliar o financiamento em ação climática. Na COP26, os países precisaram entrar num acordo sobre prazos comuns da frequência das revisões e acompanhamento dos seus compromissos climáticos.
Mas qual o papel das empresas ESG na COP26?
A COP26 é considerada a última chance de tornar os esforços de limitar o aquecimento global a 1,5 °C em realidade, mas para isso acontecer o esforço precisa partir de todos, e as empresas ESG têm muito a contribuir para as chamadas de atenção e impactar as sociedades em que estas estão inseridas.
O que significa a sigla ESG?
A sigla ESG, que do inglês significa “Environmental, Social and Governance” (ambiental, social e governança, em português), geralmente é usada para medir as práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa, mas o conceito permite uma análise muito mais ampla e profunda.
O ESG avalia as operações das empresas de acordo com seus impactos em três eixos da sustentabilidade – o Meio Ambiente, o Social e a Governança.
E. Environment – Meio Ambiente
Este pilar do ESG atua de forma que se possa enxergar como a companhia atua na gestão da natureza, e tem como objetivo central que a empresa queira além das regulamentações e das obrigações legais, também fazer algo a respeito das ameaças ambientais, pensando nos seus impactos de longo prazo e como a mesma pode atuar como uma força positiva e proativa em relação a isso.
S. Social
Este pilar examina se a organização viola ou não direitos humanos universais, com o monitoramento das relações da empresa entre trabalhadores, fornecedores e as comunidades onde estas estão inseridas.
G. Governance – Governança
Este pilar examina a forma como a organização é administrada, não somente a empresa, mas quais os programas e as iniciativas que acontecem dentro dela também, como por exemplo, combate à corrupção e ao compliance.
O ESG também pode ser usado como critério para possíveis investidores, que irão analisar não somente os índices financeiros, por exemplo, mas também os fatores ambientais, sociais e de governança de uma determinada companhia, trazendo para estes uma transparência e segurança.
Contribuição das Empresas ESG para a COP26
A COP26 espera alcançar negociações oficiais entre os líderes de governos para a mudança urgente no comportamento mundial em relação ao meio ambiente. As empresas ESG já possuem estas mudanças intrínsecas em suas gestões, trazendo assim uma maior contribuição para os objetivos traçados na conferência, onde também assumem compromisso para que as mudanças climáticas possam ser freadas.
A descarbonização é um fator primordial para que as empresas possam ter o Selo de ESG, mas não para somente por aí. Empresas ESG assumem o compromisso de diminuir suas pegadas de carbono e trazerem o exemplo para empresas que ainda estão na velha economia, que ainda não incorporaram em suas estratégias, a sustentabilidade.
De acordo com Marcelo Behar, vice-presidente de sustentabilidade da Natura & Co em entrevista para a Revista Exame, “O setor privado tem uma capacidade maior de estabelecer e cumprir metas do que o setor público.”
Empresas ESG possuem em suas cultura ações que visam manter e melhorar a sustentabilidade. Como é o caso da JBS que está apresentando na COP26, o planejamento para zerar as emissões de gases de efeito estufa com redução de gases metano, que atualmente é o grande gargalo da indústria de bovinos.
O combate ao desmatamento também é um pilar em que as empresas ESG tem contribuído para a COP26, trazendo acordos e compromissos sobre combate de desmatamento, restauração e preservação de biomas, e o respeito às terras de populações indígenas, mudando profundamente a relação que o capital tem com a economia real, e a economia real tem com a sociedade civil.
A forte presença de empresas ESG na COP26 trouxe uma nova esperança para que os compromissos do Acordo de Paris venham a acontecer com a urgência que foram colocados, pois o setor privado conseguiu reunir compromisso com pautas mais fortes de descarbonização, e outros acordos financeiros, como o recebimento de ativos por países da África.
Esperamos que este artigo tenha sanado suas dúvidas sobre a COP26 e sobre o termo ESG, qual a sua importância para as empresas e para o cenário mundial de mudanças climáticas.
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Cop26 ESG